A Fatal Model, reconhecida como a maior plataforma de acompanhantes do Brasil, vem ganhando visibilidade nas arenas esportivas e na televisão, ampliando sua presença nas transmissões de jogos de futebol. A marca se destaca por sua publicidade durante partidas do Campeonato Brasileiro, incluindo amistosos da Seleção Brasileira, e é a principal patrocinadora da Série B, com seis clubes estampando seu logotipo em seus uniformes.
Em 2024, a empresa planeja alcançar mais de 33 horas de exposição publicitária, com sua imagem sendo veiculada em mais de 600 jogos no Brasil, tanto na Série A quanto na B. O logotipo da Fatal Model, que remete a uma borboleta ou a dois corações, aparece em telões ao lado dos campos e nas camisas de times de destaque como Vitória, Ponte Preta, Paysandu, Brusque, e outros clubes da elite do futebol nacional.
Porém, o crescente investimento em patrocínios também tem gerado polêmica, especialmente em relação à promoção de conteúdo adulto durante eventos esportivos que atraem um público variado, incluindo crianças e adolescentes. O site da Fatal Model, que contém fotos e vídeos explícitos, pode ser facilmente acessado através de uma simples pesquisa online, oferecendo uma plataforma com mais de 35 mil anúncios de profissionais do sexo.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) tem manifestado preocupações sobre a publicidade da Fatal Model, considerando-a inadequada para um público vulnerável, como menores de idade. A Senacon questionou a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sobre a exibição da marca durante jogos e ainda não obteve respostas satisfatórias. Enquanto isso, o governo brasileiro tem intensificado as discussões sobre a regulação de propagandas de jogos de apostas e sites de conteúdo adulto voltados para crianças e adolescentes.
A Fatal Model defende sua publicidade, afirmando que seus patrocinadores visam a exposição da marca e não a conversão imediata de clientes. A empresa também assegura que segue as normativas do CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) e que as propagandas estão dentro da legalidade. No entanto, críticas de especialistas em direito do consumidor e psicologia infantil indicam que esse tipo de promoção, especialmente em horários sem classificação indicativa, pode prejudicar o desenvolvimento de crianças e adolescentes.
A plataforma também alegou que seu conteúdo é claramente sinalizado como destinado a adultos, responsabilizando o usuário por acessar o site sem a devida idade ou sob falso pretexto. O patrocínio de times de futebol, que inclui publicidade nas camisas dos clubes e em eventos da CBF, é uma estratégia da empresa para expandir seu alcance, mas também a coloca no centro de um debate sobre os limites da publicidade de conteúdo adulto no esporte.
O tema se desdobrou em ações judiciais envolvendo Ministérios Públicos de diversos estados, com algumas instituições como o Ministério Público de Alagoas e o Ministério Público Federal questionando a adequação dessas campanhas. A legislação brasileira exige a proteção de menores contra conteúdos prejudiciais, e a continuidade da exposição de propagandas de sites como a Fatal Model em eventos assistidos por crianças continua a ser um ponto controverso.
Embora a Fatal Model reforce sua posição de legalidade e segurança, a questão sobre o impacto de sua publicidade em eventos esportivos que têm grande audiência infanto-juvenil permanece em debate, com as autoridades reguladoras monitorando de perto as consequências dessa forma de marketing.